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Pesquisa estima que 10% da população brasileira sofreu problemas financeiros relacionados a jogos de azar

| By iGB Editor
Uma pesquisa da especialista em pesquisa de mercado Hibou revelou que 10% da população brasileira enfrentou problemas financeiros devido ao jogo, antes mesmo da entrada em vigor da regulamentação.

A pesquisa, que incluiu 2.839 respondentes no Brasil de todas as classes sociais, estudou a prevalência do jogo na população.

O estudo descobriu que 68% dos brasileiros jogam, com cerca de 16% dos respondentes afirmando que sofreram problemas financeiros devido ao jogo.

O jogo pré-regulação está causando problemas sociais?

Isso equivale a cerca de 10% da população brasileira. Embora isso possa gerar preocupação, é importante notar que abrange um período anterior ao lançamento do mercado legal de apostas online. As primeiras apostas legais serão realizadas em 1º de janeiro de 2025, com 113 operadores solicitando licença durante a janela inicial de 90 dias de preferência.

Dos que enfrentaram problemas financeiros devido ao jogo, 32% afirmaram que venderam bens para cobrir suas perdas. Além disso, 29% pegaram empréstimos com amigos ou familiares, enquanto 25% usaram suas economias.

Enquanto isso, 23% afirmaram que seus problemas ainda estavam sem solução. Apesar desses números, apenas 2% da população brasileira se considera viciada em jogos de azar.

Entre todos os respondentes, 65% disseram conhecer alguém que sofreu problemas financeiros decorrentes do jogo.

Entre os que afirmaram que não jogam, a falta de confiança na honestidade das apostas e jogos foi apontada como razão por 44%. Não ter mais dinheiro para perder foi citado por 30% como motivo para não jogar.

Perdas no jogo superando os ganhos no Brasil

O estudo revelou que 53% dos jogadores gastaram mais do que ganharam em todos os jogos que jogaram, enquanto menos da metade (48%) disse ter ganhado alguma aposta.

Dos jogos nos quais os jogadores obtiveram lucro, as loterias representaram 12%, enquanto os sorteios foram responsáveis por 14%.

Os jogos de azar foram considerados viciantes por 88% dos respondentes que não jogam, com apenas 3% afirmando que não acham que as apostas possam ser viciantes, enquanto 9% estavam indecisos.

A tempestade de críticas ao Fortune Tiger está virando os jogadores contra o iGaming?

Jogos online, que incluem o controverso Fortune Tiger, foram escolhidos por 69% dos entrevistados como alguns dos jogos mais perigosos para o vício em apostas.

Fortune Tiger, uma slot de tema asiático, foi alvo de críticas por usar publicidade com influenciadores que incentivavam os jogadores a perderem grandes quantias em sites fraudulentos, levando a prisões. No entanto, o jogo estará disponível no mercado regulado, conforme a Portaria Normativa nº 1.207 sobre jogos online.

Os cassinos e slots foram apontados por 64% como perigosos para o vício, enquanto as apostas esportivas foram citadas por 34%.

Quando questionados sobre quais jogos deveriam ser regulamentados, 35% acreditavam que jogos online como o Fortune Tiger deveriam ser regulamentados a nível federal, enquanto 56% acreditavam que deveriam ser proibidos.

Isso em comparação com as loterias, nas quais 67% dos entrevistados acreditam que deveriam ser regulamentadas a nível federal, enquanto 4% disseram que deveriam ser proibidas.

Demografia e motivações do jogo

Entre os que jogam, 47% são solteiros, enquanto 43% são casados. O número de mulheres jogadoras também supera o número de homens, com as mulheres representando 50% dos jogadores e 49% sendo homens.

A faixa etária de 55 anos ou mais foi encontrada como a mais prevalente para as apostas, com 27% dos apostadores vindo dessa faixa etária, comparado com os grupos de 25-34 anos (21%) e 35-44 anos (22%).

Em termos de motivações, apostar para obter ganhos financeiros foi a escolha de 66% dos entrevistados, enquanto 25% escolheram o jogo por diversão.

Com o Brasil se preparando para lançar seu mercado legal, 73% dos entrevistados acreditam que as empresas de jogos de azar deveriam pagar impostos, enquanto 39% disseram que a regulamentação trará segurança para aqueles que apostam.

A mídia é uma grande influenciadora do jogo no Brasil

Quando questionados sobre onde veem anúncios de apostas, 42% dos entrevistados disseram que observam publicidade de jogos de azar na TV.

As descobertas ocorreram após o Grupo Globo, o maior grupo de mídia da América Latina, anunciar que estava entrando em uma joint venture com a MGM para lançar o BetMGM no mercado de apostas regulamentado do Brasil.

O acordo aproveitará a rede de consumidores do Grupo Globo, com cerca de 70 milhões de usuários diários em suas redes de TV, digitais, rádio e mídia impressa.

Outra grande influência sobre os brasileiros para apostar vem do futebol, com 71% dos entrevistados dizendo que o patrocínio de uma marca em seus times de futebol os tornaria mais propensos a apostar.

Vários patrocínios de apostas em clubes foram anunciados desde que o Projeto de Lei 3.626/2023 foi aprovado pela câmara dos deputados do Brasil em 21 de dezembro. Entre eles, o time de futebol de primeira divisão Flamengo anunciou que lançaria sua própria marca de apostas através de seu patrocinador de camisa Pixbet.

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