Aposta Ganha CCO: Empresas regulamentadas podem representar 80% do mercado de jogos online do Brasil
Durante o mais recente episódio do podcast World Series of Politics da iGaming Business, Baungartner disse aos apresentadores Brandt Iden e Brendan Bussmann: “Sabemos que no mundo dos jogos, nunca é 100% regulamentado, mas acho que [o governo brasileiro] pode [regulamentar] uma boa parte do mercado. Acho que eles podem cobrir 80%.”
Baungartner observou que o governo brasileiro está considerando bloquear operadores não regulamentados de usar o método de pagamento popular Pix, que é controlado pelo Banco Nacional e permite transações em menos de 10 segundos.
“O Pix é realmente importante e é usado por 99% do mercado”, disse Baungartner. “Eles acham que podem bloquear esses operadores através desse método de pagamento. É uma maneira muito justa de pensar.”
A primeira janela de licenciamento online está aberta e fechará em agosto, com os operadores sendo obrigados a pagar uma taxa de licenciamento de BRL30 milhões (US$5,5 milhões). O setor de jogos online legal estará ativo até 1º de janeiro de 2025, de acordo com o cronograma do regulador.
Sobrevivência dos mais ricos
Baungartner reconheceu que nem todas as empresas atualmente operando no Brasil terão condições de pagar a taxa de licenciamento, observando que o mercado cinza sempre estará presente no país.
“Algumas delas não têm os US$5,5 milhões para se inscrever e estão confortáveis como estão. Acho que o mercado cinza sempre estará lá”, disse ele.
Até agora, apenas um operador se inscreveu para obter uma licença, mas Baungartner diz que espera que até 25 empresas se inscrevam antes da data de fechamento.
“Eles sabem que o mercado online já está funcionando há alguns anos. Não há outro caminho a seguir, e a população, o governo e todos estão esperando por essas regulamentações”, acrescentou.
Baungartner também disse que espera que os esforços para regulamentar o país impulsionem fusões e aquisições. No início deste mês, a MGM Resorts anunciou que estava adquirindo a plataforma de apostas esportivas dos EUA da Tipico, em um negócio que muitos acreditam que impulsionará os esforços online da MGM no Brasil e no restante da América Latina.
Regulamentação em movimento
Em janeiro, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, oficializou a regulamentação no Brasil, ratificando um novo marco regulatório para apostas esportivas e igaming.
A aprovação do presidente Lula veio após a câmara dos deputados do Brasil ter votado em 21 de dezembro para aprovar o projeto de lei. O igaming foi adicionado novamente ao projeto após ser previamente retirado pelo senado.
A regulamentação final das apostas esportivas online do Brasil tem um prazo até julho, o que alguns comentaristas da indústria consideram ambicioso.
“O cronograma é razoável e viável”, disse Baungartner anteriormente à iGB, em abril. “O [ministério da fazenda] só precisa garantir que todos os outros departamentos do governo estejam alinhados e não bloqueiem o processo.
“Desde 2005 estamos esperando por isso, quase 20 anos”, disse Baungartner sobre a mudança para um mercado regulamentado.
“E se tudo correr bem e sem problemas, podemos ter alguns cassinos também em 2025”, acrescentou.
De forma paralela, a Comissão de Justiça e Cidadania do Brasil (CCJ) aprovou um projeto de lei para legalizar cassinos, bingo, jogo de bicho e apostas em corridas de cavalos no Brasil em 20 de junho.
A medida consolidou as intenções do país de entrar no mercado de jogos regulamentados, tanto online quanto offline.