Nuvei concorda com a aquisição da Pay2All no Brasil, e mais expansão na América Latina está por vir

No dia 18 de abril, a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do ministério da Fazenda publicou a Portaria Normativa nº 615 no Diário Oficial da União do Brasil. A portaria estipula que as instituições de pagamento devem ter autorização do Banco Central do Brasil para operar no mercado.
A autorização do Pay2All pelo Banco Central significa que a Nuvei poderá oferecer seus serviços no mercado brasileiro. Isso inclui aceitar pagamentos e gerenciar contas de apostas.
A aquisição proposta ainda está sujeita às condições usuais de fechamento. Isso inclui a obtenção de novas aprovações regulatórias do Banco Central do Brasil.
Uma vez concluída, a Nuvei estará bem posicionada para ser um dos parceiros de pagamento disponíveis para os operadores antes da data de lançamento esperada do mercado legal, em 1º de janeiro de 2025.
Acordo da Nuvei no Brasil acelera a expansão regional
O acordo com a Pay2All marca o mais recente passo na jornada da Nuvei na América Latina.
Em fevereiro, a Nuvei se tornou a primeira empresa global de pagamentos na Colômbia a oferecer aquisição local direta. Também está em processo de lançamento de um serviço de aquisição local no México.
A expansão da Nuvei na América Latina está longe de terminar, no entanto, segundo o presidente e CEO da empresa, Philip Fayer.
A transação proposta não só fortalece nossa presença na América Latina, mas também demonstra nosso compromisso em fornecer soluções de pagamento totalmente localizadas e modernas para empresas no Brasil, disse ele.
Estamos empolgados em oferecer nossa gama completa de serviços para ajudar a impulsionar o crescimento dos operadores de e-commerce e igaming que estão crescendo rapidamente nesse mercado dinâmico.
O acordo da Nuvei com a Pay2All faz parte do boom de M&A no Brasil?
Embora o Brasil seja um mercado extremamente empolgante, certamente não será um mercado barato.
As taxas de licenciamento são de R$30 milhões (£4,6 milhões/5,4 milhões/$5,9 milhões), enquanto uma série de requisitos tecnológicos e de segurança e o subsequente custo de manutenção e acreditação deixaram alguns preocupados quanto à possibilidade de pequenas empresas terem espaço no mercado brasileiro.
Essas observações levaram o economista Adam Patterson a prever um boom de M&A no mercado de apostas do Brasil, impulsionado pelos elevados custos regulatórios.
Patterson, economista e sócio da Redirection International, é especializado em M&A e tem colegas que trabalham no Brasil. Ele espera que transações de M&A como o acordo da Nuvei com a Pay2All comecem a ocorrer com mais frequência.
Vemos um grande potencial para um boom de M&A no setor de apostas esportivas, um universo onde as paixões brasileiras por esportes e tecnologia se combinam, declarou Patterson.
A tendência de atividades de M&A é impulsionada em parte pelos substanciais custos regulatórios associados ao processo de licenciamento, incluindo taxas de autorização que podem chegar a R$30 milhões, certificações técnicas e obrigações fiscais. Coletivamente, esses fatores representam um desafio significativo para a sustentabilidade econômica dos pequenos operadores de apostas.
Brasil na reta final para um mercado legal
Foi uma jornada longa e sinuosa, mas o Brasil está perto de lançar o jogo legalizado.
Na semana passada, a SPA publicou as portarias finais do roteiro de quatro etapas estabelecido em abril, com a data de lançamento prevista para 1º de janeiro de 2025 parecendo viável.
Operadores que desejam estrear nesse dia têm até 20 de agosto para submeter suas inscrições ao Sigap, o sistema de gestão de apostas do Brasil. A data de 20 de agosto marcará o fim da janela inicial de preferência de 90 dias. As inscrições feitas durante esse período serão priorizadas e garantidamente processadas até a data prevista de lançamento do mercado.
No momento da redação, apenas sete operadores se inscreveram. A KTO se tornou a última a fazê-lo na segunda-feira (5 de agosto).
No entanto, operadores locais esperam que isso acelere nas próximas semanas.
Com a Portaria Normativa nº 1.207 publicada na última quarta-feira (31 de julho) com termos favoráveis para operadores cobrindo jogos de cassino como Fortune Tiger, espera-se que haja uma avalanche de inscrições. Especialistas locais sugerem que pelo menos 20 e até 60 operadores serão licenciados a tempo para o lançamento do mercado.