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Brasil forma comissão parlamentar de apostas para tratar de preocupações com jogos de azar

| By Kyle Goldsmith
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre apostas foi formada no Brasil ontem (12 de novembro) antes do lançamento do mercado legal em 1º de janeiro de 2025, para que os senadores possam discutir suas preocupações com a indústria.
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A CPI das apostas foi proposta inicialmente em 8 de outubro, com a Senadora Soraya Thronicke solicitando sua criação para investigar a “crescente influência dos jogos de apostas virtuais online sobre [os gastos financeiros das famílias brasileiras]”.

A solicitação de Thronicke recebeu as 27 assinaturas necessárias, mas a formação do grupo foi adiada devido à incerteza sobre quem faria parte da comissão de investigação.

Thronicke foi designada para liderar a CPI, enquanto o Senador Dr. Hiran Gonçalves presidirá a comissão, com o Senador Alessandro Vieira como vice-presidente.

A CPI terá 11 membros e sete suplentes, com um período inicial de 130 dias para realizar seu trabalho, e sua próxima reunião ocorrerá na terça-feira (19 de novembro), embora Thronicke não tenha revelado os nomes das primeiras testemunhas.

O Dr. Gonçalves encerrou a reunião dizendo: “Tenho certeza de que os membros desta comissão estão totalmente mobilizados e qualificados para apresentar um excelente trabalho para o país.”

CPI visando aliviar preocupações sobre as apostas no Brasil

A CPI das apostas foi estabelecida em meio a preocupações sobre os impactos sociais e econômicos do jogo no Brasil, com o mercado legal lançando-se hoje a sete semanas.

Uma audiência de dois dias no Supremo Tribunal Federal (STF) foi concluída ontem. Ela foi iniciada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o terceiro maior sindicato do Brasil, que entrou com uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) visando anular as leis de apostas do país, 14.790/2023 e 13.756/2018.

Vários especialistas de destaque da indústria de apostas do Brasil foram convidados a falar, incluindo o líder da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), Regis Dudena, e membros da Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL).

Dudena e o diretor jurídico da ANJL, Pietro Cardia Lorenzoni defenderam a regulamentação e alertaram que a anulação das leis de apostas poderia impulsionar o mercado negro no Brasil.

A decisão da audiência deve ser divulgada no primeiro semestre de 2025.

Pressão crescente sobre o setor de jogos de azar no Brasil

Com o mercado legal se aproximando, esforços de última hora foram feitos para impedir seu lançamento.

Em outubro, o Senador Sérgio Petecão apresentou o Projeto de Lei 4.031/2024 ao Senado, que propôs uma proibição total das apostas online no Brasil.

A má repercussão foi parcialmente impulsionada por um estudo polêmico do setor varejista sobre os hábitos de consumo e como o jogo está canibalizando seus lucros.

O ex-secretário especial do ministério da Fazenda José Francisco Manssur alertou que proibir as apostas online seria um retrocesso para o Brasil.

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