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Proprietário do Botafogo denunciado à polícia federal brasileira por acusações de manipulação de resultados

| By iGB Editor
O senador Jorge Kajuru solicitou à polícia federal do Brasil que investigue John Textor, proprietário do clube de futebol Botafogo de Futebol e Regatas, após Textor fazer acusações de manipulação de resultados contra os times de futebol São Paulo e Palmeiras.

Kajuru – senador pelo estado de Goiás – confirmou o relatório durante uma sessão plenária no Senado ontem (2 de abril). Ele disse que havia exposto suas preocupações à polícia federal por meio de uma carta, que incentivou outros presentes na sessão a assinarem.

Durante a reunião, Kajuru expôs as alegações de Textor. Textor alegou que cinco jogadores do clube de futebol São Paulo receberam subornos do Palmeiras em relação ao jogo do Campeonato Brasileiro da Série A, onde o Palmeiras venceu o São Paulo por 5-0. Ele também afirmou ter evidências para apoiar suas alegações.

Kajuru acrescentou que, um mês antes, Textor havia dito que tinha uma gravação de um árbitro que estava recebendo subornos.

Kajuru afirmou que enviou as alegações para Andrei Rodrigues, diretor da polícia federal, e pediu que a polícia federal convocasse Textor dentro de 24 horas. O senador também solicitou que Textor apresentasse todas as evidências e gravações disponíveis para apoiar suas alegações.

“Porque, para mim, se ele não trouxer as evidências e as gravações, ele teria que ser preso aqui amanh㠖 cela, algemas,” explicou Kajuru durante a reunião. “Porque isso é muito irresponsável, porque não é algo qualquer, pessoal, é o futebol brasileiro, a maior paixão deste país.”

Ele afirmou que Textor “deve ser aplaudido” e “respeitado” se as alegações forem verdadeiras. “Mas, se forem mentiras, ele deve ser banido do Brasil, preso e nunca mais entrar no país, porque vejam a irresponsabilidade desse cidadão.”

Medidas de integridade das apostas “não são mais suficientes”

Além disso, Kajuru aproveitou a oportunidade para enfatizar a necessidade de implementar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Apostas Esportivas – uma iniciativa apresentada em dezembro – o mais rápido possível, solicitando que ela começasse “na próxima semana”.

A CPI sobre Apostas Esportivas foi criada para investigar acusações de manipulação de jogos no esporte brasileiro, abrangendo jogadores, treinadores e operadores de apostas. Ela será composta por 11 senadores titulares e sete suplentes.

O grupo será presidido pelo senador Romário de Souza Faria e tem previsão de duração de 180 dias.

A decisão de relatar Textor foi bem recebida pelo plenário. O senador Eduardo Girão deu total apoio a Kajuru, acrescentando que mais precisava ser feito para prevenir a manipulação de jogos e garantir a integridade das apostas.

“O que está acontecendo com as apostas não é mais suficiente,” declarou Girão. “Fomos muito cautelosos na Comissão; você aceitou emendas e tentamos fazer algo que protegesse os torcedores de uma tragédia, de dívidas e de manipulações da essência do futebol.”

Girão ainda ressaltou a gravidade das alegações de Textor, sugerindo que isso não poderia esperar para ser levado à CPI das Apostas Esportivas.

“Isso é uma questão tão séria que não pode nem esperar pela CPI,” continuou Girão. “Então, parabéns pela sua declaração, e conte com o meu apoio neste documento à polícia federal.”

Lei de igaming e apostas esportivas no Brasil recém-instalada

As alegações de manipulação de jogos de Textor surgem após o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, legalizar as apostas esportivas e o igaming no país em dezembro, assinando o Projeto de Lei 3.626.

O projeto de lei determina que os operadores devem pagar 12% de imposto sobre a receita bruta de jogos (GGR), significativamente abaixo dos 18% definidos anteriormente.

Foi aprovado pela Câmara dos Deputados do Brasil em 21 de dezembro, com a reinclusão do igaming após ter sido anteriormente removido. Licenciatários esperançosos precisavam submeter sua expressão de interesse ao Ministério da Fazenda do Brasil até o 26 de novembro do ano passado.

A votação para aprovação do projeto foi repetidamente adiada – para desgosto da indústria.

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