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Candidatos a licença de apostas no Brasil devem cumprir regras de AML

| By iGB Editor
Operadores que buscam uma licença de apostas no Brasil foram informados de que devem estar em conformidade com as novas regras de antilavagem de dinheiro (AML) antes do início do novo regime licenciado em janeiro de 2025.

O ministério da fazenda do Brasil emitiu uma portaria detalhando as responsabilidades dos operadores em relação à prevenção à lavagem de dinheiro (AML). Todos aqueles que desejam continuar a operar no Brasil devem estar em conformidade até o final deste ano. Atualmente, apenas dois grupos – Superbet e Betano – solicitaram uma licença dentro de uma janela de 90 dias que termina no próximo mês.

O ministério afirmou que a Portaria SPA/MF nº 1.143 se baseia em diretrizes internacionais relacionadas à prevenção e combate à lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa.

De acordo com as regras, os agentes de apostas devem adotar políticas para identificar e classificar o risco dos clientes que desejam se registrar. O mesmo se aplica a todos os grupos envolvidos na operação de agentes de apostas de probabilidades fixas, como funcionários e fornecedores. A portaria também estabelece critérios que exigem que os agentes de apostas relatem transações suspeitas à unidade de inteligência financeira do Brasil (COAF).

Os operadores devem avaliar a compatibilidade entre a capacidade econômica e financeira do apostador e as operações associadas a ele/ela. Eles também devem verificar o status de qualquer pessoa politicamente exposta (PEP) e seus associados próximos, de acordo com as regras do COAF.

O processo regulatório de quatro etapas do Brasil está atrasado?

A portaria sobre lavagem de dinheiro é o segundo desenvolvimento importante no processo de quatro etapas do Brasil para finalizar as regulamentações de apostas e jogos regulamentados.

A primeira, publicada em maio, estabeleceu os requisitos técnicos, de pagamento e de segurança para os licenciados, sendo a portaria sobre a prevenção à lavagem de dinheiro a segunda portaria importante divulgada.

No entanto, esse processo está ficando para trás no cronograma estabelecido pelo ministério da fazenda em abril. A portaria técnica foi divulgada em maio, um mês após o prazo estabelecido pelo ministério em abril.

As regras de AML deveriam ter sido divulgadas em maio, o que significa que os licenciados estão aguardando os padrões técnicos e de segurança para jogos online, bem como mais detalhes sobre o monitoramento da publicidade de jogos de azar. Os processos para alocar as contribuições da indústria para causas socialmente responsáveis deveriam ter sido publicados em julho, completando o processo regulatório.

Corrida por licenças brasileiras ainda é esperada

Os operadores de jogos ativos no Brasil devem garantir uma licença até o final de 2024 ou enfrentar penalidades a partir de 1º de janeiro de 2025, de acordo com os planos publicados em maio.

Esse anúncio deu início a um “período de ajuste”, no qual os operadores de jogos ativos no Brasil têm até 31 de dezembro de 2024 para se conformar com a estrutura regulatória para apostas esportivas e igaming. As inscrições das empresas feitas dentro de 90 dias da publicação da Portaria 827 terão prioridade para avaliação.

Os operadores autorizados receberão uma licença válida por cinco anos, uma vez que a taxa de BRL30 milhões (GBP4.6 milhões/€5.4 milhões/$5.9 milhões) seja paga. Eles poderão oferecer jogos de azar por meio de três skins.

Embora apenas dois grupos tenham se inscrito até agora, as partes interessadas esperam que os operadores inundem o processo assim que as regulamentações finais forem publicadas. Hugo Baungartner, CCO da Aposta Ganha, acredita que a publicação das novas regras trará clareza.

“Eles estão garantindo que os laboratórios aprovados para o mercado brasileiro saibam exatamente como certificar os jogos incluídos na portaria”, disse Baungartner à iGB no início deste mês.

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